Há pouco mais de dois anos, “fui convidado à mesa” – mesa esta conhecida como Casa da Vida –, num dia em que acontecia uma reunião especial, a Ciranda da Vida. Fiquei encantado com o que vi e vivi naquele dia, então logo me tornei voluntário.
Nessas reuniões, as pessoas vindas de outras cidades que estão acompanhando seus familiares e/ou amigos internados no Hospital de Base em Vitória da Conquista são acolhidas pela Casa e têm a oportunidade de contar um pouco de suas histórias, além de poderem dividir com os outros hóspedes e voluntários o momento de dor e dificuldade que atravessam.
Em três anos de existência, a Casa da Vida já acolheu mais milhares de pessoas, e tive o privilégio de ouvir e aprender com inúmeros relatos dos que ali passaram.
Como aquilo que é bom deve ser partilhado, “comigo trouxe amigos” para participarem desses momentos, “gente que escutou esse chamado – de amor – e aceitou”. Sempre que possível, estamos nas Cirandas, tentando, através de canções, levar um pouco de paz aos corações tão angustiados que lá se encontram. Mas, mal sabem os hóspedes que são eles que nos abençoam, ao nos demonstrar como é viver na total dependência do Senhor.
“E é tão bom saber que há lugar ali”. Em um local que é tão somente sustentado pelo trabalho voluntário, nesse tempo em que a desesperança e o egoísmo parecem prevalecer. “Na Casa”, nada falta... e nada sobra, senão o amor. Talvez por isso, a Paz, aquela que parece andar esquecida pela humanidade, mas “que excede todo entendimento”, se faz tão presente ali. O amor é quase palpável. A presença de Deus é inegável. Afinal, se são nos encontros que o Senhor se revela, “nosso encontro é casa de Deus Pai”, nosso encontro é Casa de(da) Vida.
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